Muçulmano é terrorista, ateu é mal, cristão é burro, mulher é fraca, homem é durão, dinheiro corrompe pessoas... Paradigmas e mais paradigmas.
Será que nossa função não é justamente estar em constante quebra de paradigmas e acabar com todo tipo de rótulo pessoal? Diversidades sempre existiram e existirá, o que devemos é aprender a ter respeito e conviver com as diferenças sem um afetar o outro.
Nietzsche, um homem de inteligência imensurável, mas uma de suas teses acabou reforçando pessoas a praticar o preconceito religioso. No final de sua carreira, teve um declínio por adquirir uma doença que o levou ser vítima de distúrbio mental. Tira o valor dele como pensador e ter deixado grandes ensinamentos sobre o autoconhecimento? Não.
Osho, que atuou como professor de filosofia, mas acreditava no ser divino, mesmo com seu conhecimento acadêmico, enfatizava a importância do espiritual e ensinava que ele é o centro do homem e expandiu a mente de muitas pessoas com essa visão.
Vemos um ateu e outro espiritualista, ambos do campo filosófico, um anula o conhecimento ou a importância do outro? Não.
Einstein e Steve Jobs foram gênios que agregaram muito para nossa evolução, mas aparentemente péssimos pais, e assim tantos outros casos de dualidade. Todos têm seu ponto forte e negativo, não existe um certo ou errado predominante, não existe perfeição, nada pode ser idolatrado ou rejeitado por sua totalidade.
A igreja católica foi insana com a inquisição, mas nem por isso vou julgar o católico de hoje. O Papa tem dado um exemplo de humildade e hoje a igreja católica tem muitas instituições de caridade, mais do que as igrejas protestantes, criadas para refutar suas práticas.
Não devo odiar e condenar todos os homens porque o machismo era soberania, o importante é que estamos a cada dia lutando e quebrando esse padrão.
Jesus dividiu nosso calendário por ser um homem revolucionário para sua época, foi rejeitado por muitos, sendo contra a hipocrisia e acreditando no lado bom das pessoas, mesmo com suas diferenças ou falhas.
Todos temos que conviver com luz e trevas diariamente e só o amor e empatia podem vencer julgamentos e fazer sobressair o melhor que há em nós. Podemos ser melhores que ontem e mudar nossa perspectiva em relação às pessoas e suas diferenças sem repetições comportamentais. Deixar de apontar um erro para enxergar a oportunidade de fazer o novo, abrir a porta para deixar entrar a tolerância às diferenças, aprendermos uns com os outros. É observando a dualidade e contraste que desenvolvemos nossa verdade e satisfação pessoal.
Vivemos em constante superação do ser e do saber, não existe ‘batatinha’ mais importante que a outra, estamos todos conectados com nossos erros e acertos em busca da felicidade.
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